sabato 17 gennaio 2015

Entrevista ? 4a parte

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Naquela época fiz um quadro grande a óleo. Estava orgulhosa dele até que uma amiga me
disse: “Mas o que você fez?! Não pode por estas cores juntas!”. Ela tinha feito Belas Artes…
Respondi que ninguém me podia proibir de pintar o que queria. A resposta veio curta: “A
audácia dos ignorantes...” Hahahah! Adorei e continuei.
Liberté totale
Quelle merveille
Personne pour te gouverner
Te dire ce que tu dois faire ou ne point faire
Ce qui est permis ou pas permis
Alors je continue
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Fim de 1959. Circunstâncias, sentimentos, novidades… destino?
Fui para o México. Casei com Miguel. A Cidade do México, com aqueles incríveis indígenas
com suas roupas de cores. As mulheres com os seus “rebozos”… Senti que já não podia
pintar como no Brasil… Fiquei perdida no tempo. Sem saber o que pintar.
1960
Entrei num atelier de gravura, na Ciudadela, gravei, mas não gostava de imprimir, não queria
sujar a placa... Além do mais o torculo era muito pesado para mim. Conheci muitos artistas
que iriam ter muita importância na minha vida: Luiz Lopez, Losa, Billy Barclay… Uns bons
outros nem tanto... Um ambiente simpático. Conheci Fernando Vilchis e Leticia Tarrago.
Fernando, mais tarde, ajudou-me. Era um grande amigo.
Entretanto, comecei a usar metais diferentes. Comprei ácido nítrico, percloruro de ferro, e
ali nasceu o ”Objet d’Art en Soi"! Como? Ah se você soubesse… Quase me envenenei.
Coloquei uma placa no ácido nítrico puro e saí correndo do quarto. Um cheiro insuportável...
Esperei pouco, senão o ácido iria “comer” todo o metal. Entrei… Uma maravilha! Continuei.
Estava fascinada com o resultado. E foi assim que tive minha primeira exposição em 1963,
na galeria Juan Martin. A apresentação foi feita por Paul Westheim. Se bem me lembro, ali
vendi quase tudo! Isto não iria acontecer mais...
Você acha que o talento é considerado somente quando se vende muito? Que disparate…
Não, não vou discutir isto com você, desperdício de tempo... Hoje em dia o tal “marketing” é
mais importante e eu nada entendo e nunca entendi disso! E, mesmo assim, continuava e
continuo pintando.
Naqueles dias o que era importante para as pessoas era esperar a opinião dos críticos, para
ver se compravam algo ou não! Vendo bem, era igualmente "extraordinário!"

1 commento:

chica ha detto...

Myra, hoje consegui ler todas as partes da entrevista e te parabenizo pelo belos pedaços de vida! Valeu! beijos praianos,chica